Combate ao Aedes Aegypti: quem são os inimigos da erradicação do mosquito?
A partir da leitura dos textos a seguir e com base
nos seus conhecimentos, elabore um texto dissertativo argumentativo que responda a pergunta: Combate ao
Aedes Aegypti: quem são os inimigos da
erradicação do mosquito?
Dados gerais
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Revisões
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redações
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criterios revisados
Textos motivadores:
Se o Brasil não melhorar de maneira substancial os
serviços de saneamento básico, todo o conjunto de
ações de combate ao vírus zika em curso ou que vierem
a ser tomadas não será suficiente para afastar o risco
de surgimento de novos e graves problemas de saúde
pública causados pelo mosquito Aedes aegypti –
mesmo que essas medidas alcancem o resultado
esperado. Em documento divulgado há dias, a
Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que,
para o combate eficaz ao vírus zika, os países que
enfrentam o problema precisam melhorar o sistema de
saneamento básico. A Organização Mundial da Saúde
(OMS), por sua vez, estima que 95% dos casos de vírus
zika, dengue e chicungunya – doenças que vêm
causando grandes problemas no Brasil e em outros
países – poderiam ser evitados se os governos das
nações mais afetadas por eles tivessem adotado
medidas ambientais adequadas.
Disponível em: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,o-custo-dafalta-de-saneamento,10000022330 Acesso em 03.04.2016
Em 2015, um novo recorde: 1,6 milhão de infectados
por dengue. Polivalente, o mosquito passou a transmitir
a febre chikungunya e, agora, encarrega-se de dar
carona ao sexagenário, mas ainda pouco
conhecido, zika. Até o momento, o Ministério da Saúde
confirmou o diagnóstico de 270 bebês com microcefalia
ou malformação do cérebro, seis deles por exposição
comprovada ao vírus. Outros 3.448 casos seguem sob
investigação. Em estado de alerta, a Organização
Mundial da Saúde estima que o zika pode atingir entre
3 milhões e 4 milhões de habitantes das Américas,
onde se espalha por vários países. Epicentro da
epidemia, o Brasil deve concentrar 1,5 milhão de
infectados.
Entre 2010 e 2015, o Ministério da Saúde aumentou em
39% os recursos federais destinados às ações de
vigilância sanitária, passando de R$ 924,1 milhões para
R$ 1,29 bilhão. Para 2016, a previsão é de um
incremento de R$ 580 milhões, uma vez que o valor
chegará a R$ 1,87 bilhão. Também foi aprovado no
orçamento um adicional de R$ 500 milhões para o
combate ao Aedes. Além das ações de apoio a estados
e municípios, a pasta realiza a aquisição de insumos
estratégicos, compra e distribuição de larvicidas,
adulticidas (fumacê) e kits de diagnósticos, bem como
o pagamento dos agentes de endemias. O
enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia é uma
prioridade para o governo federal e não faltarão
recursos.
É verdade que o mosquito Aedes aegypti já foi
erradicado e depois reintroduzido no Brasil?
No início do século 20, o Aedes aegypti foi responsável
pela transmissão da febre amarela urbana, o que
impulsionou a criação de medidas para sua
erradicação, que resultaram na eliminação do mosquito
em 1955. No entanto, a erradicação não recobriu a
totalidade do continente americano e o vetor
permaneceu em áreas como Venezuela, sul dos
Estados Unidos, Guianas e Suriname, além de toda a
extensão insular que engloba Caribe e Cuba. A
hipótese mais provável é de que tenha acontecido a
chamada dispersão passiva dos vetores, através de
deslocamentos humanos marítimos ou terrestres. No
Brasil, o relaxamento das medidas de controle após a
erradicação do vetor permitiu sua reintrodução no país
no final da década de 1960. Hoje o mosquito é
encontrado em todos os Estados brasileiros.